Prefeitura deflagra operação para proteger a Mata do Frio

Uma equipe da Prefeitura do Paulista deflagrou nesta quarta-feira (15.02) uma operação ambiental na Mata do Frio, na área central da cidade. Os funcionários do município percorreram diversos trechos da área verde para coibir ação de criminosos e encontraram durante a investida diversas cercas com arame farpado, estacas de demarcação de terra e plantação de pés de abacaxi no local. Os materiais foram recolhidos pelos agentes das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. O trabalho contou com o apoio dos policiais militares do 17º BPM.

Tudo o que foi removido da Mata do Frio foi colocado de forma irregular pelos responsáveis pelas recentes queimadas e ações de desmatamento na mata. O rastro deixado pelos criminosos evidencia que a intenção era lotear o terreno para fins de moradia, o que está proibido por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APA). Ninguém foi flagrado durante a operação.

A Prefeitura do Paulista, inclusive, possui um projeto de parque natural para o local que vai contar com pista para cooper, academia da saúde e quiosque para lanches naturais, além de um centro de educação ambiental e uma trilha de percepção e vivencia com a natureza, voltada para crianças e adolescentes.   

Enquanto as obras não começam, um plano de manejo para a fauna e flora existente na mata será adotado para vai assegurar a preservação da natureza e evitar que ocorra o fim das espécies. “Embora tenhamos noção dos estragos provocados pelos criminosos, a mata é capaz de se regenerar, como percebemos durante a operação”, defendeu a coordenadora da Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, Fátima do Amaral, que identificou o surgimento de vários brotos em meio a queimada.

A expectativa é de que operações semelhantes ocorram frequentemente no local. Além de envolver diversos servidores da prefeitura, a ação terá sempre o apoio da polícia militar. Em função disso, as investidas serão realizadas em horários e dias da semana diferentes. Caso seja flagrado, o responsável pagará multa, com possibilidade de detenção por crime ambiental – a depender do dano provocado ao meio ambiente.