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Segurança e Mobilidade | 26/07/2017

Fazendo denúncia, população pode ajudar a evitar tragédias como a que ocorreu em Maranguape II

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Após realizar a demolição total do imóvel que desabou e prestar assistência à família vítima do acidente, a Defesa Civil do Paulista alerta à população sobre a importância de denunciar construções irregulares e estabelecimentos comerciais que funcionam de forma clandestina no município. A parceria com o poder público pode evitar tragédias como a que vitimou, na madrugada desta terça-feira (25.07), um garoto de oito anos, mutilou uma das pernas da mãe dele, e feriu o padrasto do pequeno em Maranguape 2. O imóvel onde eles moravam, localizado na Avenida A, próximo à Igreja Católica do bairro, foi construído de forma clandestina e possuía uma série de irregularidades.

A gestão municipal disponibiliza vários canais de comunicação com os moradores da cidade. O primeiro deles é o fone 153, do Centro Integrado de Segurança do município (CIS), que funciona 24h, nos sete dias da semana. O segundo é por meio do aplicativo de celular Paulista Conectada, onde é possível registrar diversos tipos de situação, inclusive, acidentes que podem ser evitados por conta de construções irregulares. Ainda é possível prestar informações importantes na sede da Secretaria de Segurança Cidadã e Defesa Civil, que fica na Rua da Mangueira, 05, Centro. Todas as denúncias serão analisadas, possibilitando que o poder público adote as medidas cabíveis.

Parte das demandas que chegam por esses meios são direcionadas à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. O órgão municipal realiza as fiscalizações necessárias, e, em parceria com a Defesa Civil, faz vistorias e demolições de estruturas construídas de maneira irregular, além de possibilitar a regularização de estabelecimentos comerciais que não possuem as licenças necessárias para funcionar. Por conta disso, a população também pode fazer denuncias junto ao órgão, que funciona na Avenida Marechal Floriano Peixoto, s/n, no Centro, próximo à Secretaria de Finanças.


O secretário de Segurança Cidadã e Defesa Civil, Manoel Alencar, explicou que tem orientado o público sobre a questão das denúncias. “A população precisa entender que ela é extremamente importante nessa parceria com o poder público. Recebendo informações sobre a situação de risco de um imóvel podemos atuar na prevenção de acidentes como o que aconteceu em Maranguape 2. Infelizmente não tivemos nenhum tipo de comunicado antes do ocorrido”, lamentou o gestor municipal.

Além da construção clandestina do primeiro andar, o proprietário do imóvel havia subdividido a estrutura de forma irregular, criando quatro pontos comerciais, onde funcionava a padaria, um salão de beleza, um depósito de água e uma loja que estava desocupada. A autorização dada pela prefeitura permitia apenas que a construção fosse feita na modalidade galpão, e que este deveria ocupar apenas um pavimento.

“Essas alterações ao projeto original invalidaram o habite-se que a prefeitura havia liberado em 1989. Isso mostra que o proprietário do imóvel estava totalmente irregular. Vale lembrar que toda e qualquer intervenção na estrutura deve ser informada à prefeitura para que possamos emitir as autorizações necessárias”, frisou Roberto Couto, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

APOIO – Assim que a notícia do desabamento chegou à prefeitura, diversos órgãos da gestão municipal foram acionados para atuar no caso. Uma delas foi a equipe da Secretaria de Políticas Sociais, que prontamente prestou toda assistência necessária às vítimas do acidente, entre elas, o auxílio funeral para o sepultamento do garoto. A equipe do órgão ainda está avaliando o perfil da família para enquadrar nos programas da política da assistência social.

CAUSAS – As vistorias realizadas pelos engenheiros da Defesa Civil Municipal; Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação; e a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) identificaram que dentre as causas principais que podem ter provocado o desabamento estão o sobrepeso da laje e a falta de manutenção da estrutura de sustentação. Apesar disso, o laudo técnico a Defesa Civil será concluído nesta quinta-feira (27.07).

VISTORIA – Além da demolição do imóvel principal, a Defesa Civil do Paulista identificou a necessidade de demolir uma residência que ficava nos fundos da padaria. A casa de primeiro andar recebeu um forte impacto durante o desabamento, deixando a estrutura comprometida. O trabalho alcançou 40% nesta tarde e será concluído nesta quinta-feira.


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