Meio Ambiente | 06/02/2023
Agricultores dos povos tradicionais do Paulista são qualificados da Mata do Ronca
Treinamento agroecológico incentivou produção de alimentos sem uso de agrotóxicos
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Dentro da programação da III Semana Intermunicipal de Ciência e Tecnologia do Paulista, agricultores de povos tradicionais do Paulista participaram, entre os dias 3 e 5/02, de um treinamento agroecológico para o incentivo da produção de alimentos, como frutas, verduras e hortaliças, sem a utilização de agrotóxicos. As oficinas ocorreram na Mata do Ronca, em Paulista, e foram promovidas pela Prefeitura, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), junto com a Associação Kapi'wara (Capivara), que desde 2016 realiza esse trabalho.
Nas aulas e treinamento foram colocados em prática a compostagem sistema no qual microrganismos, como fungos e bactérias, transformam a matéria orgânica em um excelente adubo, a cobertura de solos com matéria orgânica para evitar a degradação pela erosão da chuva e sol, e o consórcio de culturas diferentes de plantas que é importante pois as plantas se ajudam entre si se proteger de pragas tendo como a referência às florestas e as matas que são ecossistemas coletivos.
Para a técnica em Agroecologia de Formação , educadora popular e Ilustradora da associação, Mariana Sobral, esses momentos de troca de conhecimentos, renovação de saberes, incentivo à produção agroecológica e fortalecimento comunitário, dá o protagonismo ao agricultor e sua autoestima é estimulada.
“Atrelar o saber secular dos agricultores, passado através das gerações as técnicas e novas tecnologias que procuram a produção sustentável e, sobretudo, sem agrotóxicos que agridem o meio ambiente e podem causar doenças futuras por contaminação desses produtos tóxicos, é primordial”, explicou a especialista.
“Para nós, é importante estarmos organizados coletivamente como associação para realizarmos o planejamento do plantio e o semear do solo, a colheita e venda dos produtos, levando em conta o ciclo de cada cultura e a demanda do mercado interno, para nosso consumo, e o externo, para comercialização”, declarou o produtor rural Julio Bento.
O trabalho também permitiu a reorganização dos produtores familiares, no sentido de realizar mutirões por áreas de necessidades em cada propriedade rural, de cada agricultor.
“O resultado final de todas essas atividades é o de, além de fortalecer a agricultura familiar no município, incentivar a produção de alimentos sadios e com valor agregado, permite realizar o Cadastro do Agricultor Familiar (CAF) que será a próxima etapa a ser realizada pela Prefeitura do Paulista”, explicou o coordenador do Núcleo de Sustentabilidade (NSU) da Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Paulista (SEMA), Silvio Batista.
Matéria Armando Fuentes
Fotos Armando Fuentes, Thiago França, Sílvio Batista
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