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Direitos e Saúde da Mulher | 05/08/2019

Profissionais da Saúde do Paulista recebem certificados de conclusão do curso “Maria da Penha Vai à Saúde”

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O auditório do SENAC, em Jardim Paulista Baixo, sediou na
manhã desta sexta-feira (02.08), a cerimônia de entrega dos certificados para os
profissionais da rede de Saúde do Paulista que participaram da primeira etapa
do programa “Maria da Penha Vai à Saúde”. A iniciativa é mais uma política
pública de gênero que objetiva o enfrentamento à violência contra à mulher no
município.

O momento também serviu para destacar a importância do
profissional da saúde na identificação das mulheres que são vítimas da
violência doméstica e familiar. Presente no evento, a secretária de Saúde do
Paulista, Fabiana Bernart, falou sobre a primeira etapa do programa.

“O primeiro módulo do ‘Maria da Penha Vai à Saúde’ capacitou
250 profissionais da rede de saúde do Paulista para que eles ajudem na prevenção,
orientação e encaminhamento das mulheres vítimas da violência aos centros de
acolhimento do município. A partir dessa capacitação, as equipes já entenderam
melhor como notificar esses casos, e fazer o devido encaminhamento e acompanhamento”,
destacou a secretária. 

A expectativa é de que o “Maria da Penha Vai à Saúde” capacite
todas as recepcionistas das unidades de saúde do município. Bianca P. Alves,
idealizadora do programa e secretária-executiva de Políticas para as Mulheres
do Paulista, pontuou a importância deste tipo de projeto para o município. 

“O programa traz um benefício enorme para a população,
principalmente, para as mulheres vítimas da violência. Isso porque ele pactua
fluxos de atendimento, humaniza o acolhimento, propícia uma melhor identificação,
especialmente, daqueles casos em que a mulher vem e volta com uma dor crônica ou
até mesmo com machucados que ela não quer ou não “pode” revelar. Nesses casos,
os profissionais serão capazes de identificar e encaminhar essas vítimas até as
unidades de atendimento e acolhimento municipal, através de todas as
orientações que lhes foram repassadas”, enfatizou Bianca.

A profissional de saúde, Paulliane Melo, que trabalha na
Unidade de Saúde da Família (USF) Jardim Paulista Baixo III, foi uma das pessoas
que participaram do primeiro módulo do curso. Ela fez que questão de enaltecer
a temática trabalhada durante a iniciativa.

“O conteúdo do curso foi bastante enriquecedor. Com certeza,
a partir de agora, teremos um olhar mais criterioso para atender as mulheres
que se encontram em situação de risco. Paulista está largando na frente em Pernambuco
e creio que pela dimensão do programa, ele provavelmente vai ser referência no
estado”.

Para Gleide Ângelo, deputada estadual e figura importante no
enfrentamento a violência contra a mulher no estado de Pernambuco, a
sensibilidade do profissional de saúde para identificar os casos de violência doméstica
é fundamental para combater essa pratica. 
  

















“O “Maria da Penha Vai à Saúde” é um projeto pioneiro, que
objetiva, justamente, um olhar mais apurado de quem trabalha na saúde em
relação as mulheres que são vítimas da violência. O primeiro local procurado
por uma mulher vítima de violência, muitas vezes, é o hospital, é o posto de
saúde. A delegacia, infelizmente, é o último local procurado por elas. Por isso,
o olhar mais sensível de quem trabalha na saúde para encaminhar essas vítimas a
um distrito policial já é o início para o enfrentamento desse problema que
ainda cerca a nossa sociedade”, finalizou. 


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