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Direitos Humanos/Cidadania | 22/04/2021

Paulista mapeou até o momento 71 terreiros de matrizes afro-indígenas no município

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Foto em destaque - Tenda Jurema do Mestre Rei Malunguinho - Bairro Maranguape I / Paulista (PE)

O objetivo do mapeamento municipal é levantar dados qualiquantitativos e conhecer de forma detalhada as características e condições sociais de cada um deles, visando a elaboração de uma política municipal efetiva

Os terreiros de matrizes Afro-Indígenas exercem um papel didático no processo de constituição das cidades urbanas em várias partes do mundo. Pernambuco herdou uma valiosa influência em nossa cultura; língua; gastronomia; identidade e principalmente na filosofia dos povos indígenas e africanos presentes em nosso estado. 

Esses terreiros atuam como espaços de afirmação da identidade e da filosofia afro-indígena brasileira, traduzida em hábitos e costumes que ajudaram a constituir toda diversidade religiosa encontrada na cidade do Paulista. Além de perpetuar suas tradições, os terreiros assumem, em sua maioria, uma função social filantrópica nas comunidades. 

Terreiros Nagô, Ketu, Umbanda, Angola, Jêje, Templos Ciganos, Juremeiros e Juremeiras são algumas das Comunidades Tradicionais Afro-indígenas, cujos perfis estão sendo delineados pelo Mapeamento dos Terreiros de Matrizes Afro-Indígenas da Cidade do Paulista, realizado pela Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos e pela Diretoria de Igualdade Racial do município. 

O mapeamento teve início em fevereiro e, até o momento, 71 terreiros foram cadastrados no município. O objetivo da ação é levantar dados qualiquantitativos e investigar as características e condições sociais de cada um deles, visando a elaboração de uma política municipal efetiva para essa população. Estima-se que no município existam 150 terreiros tradicionais. 

“É preciso que o máximo de lideranças religiosas participem do estudo. Além da nação, o relatório final conterá dados sobre a origem e história dos terreiros, tempo de fundação, trajetórias de luta e resistência, saúde, recursos ambientais, assim como o perfil das autoridades religiosas com relação ao gênero, cor e formação”, ressalta a Diretora de Igualdade Racial, Nathalia Valeska.


Mapeamento continua em vigor

A Diretoria disponibiliza o e-mail igualdaderacial.social.paulista@gmail.com para quem tiver dificuldades de acesso ou no cadastramento. Quanto mais casas forem cadastradas, mais próximo da realidade será o diagnóstico feito a partir das informações coletadas. O terreiro que ainda não realizou seu cadastramento pode acessar este link https://cutt.ly/glwFHxB.



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