Português Italian English Spanish Francês
PAULISTA > Notícias > Prefeitura de Paulista lança campanha de combate à violência contra a mulher

Direitos Humanos/Cidadania | 27/01/2021

Prefeitura de Paulista lança campanha de combate à violência contra a mulher

Compartilhe esta notícia:

Nos dias de hoje, ainda é preciso trazer o assunto à tona e discutir meios de diminuir os crimes contra mulheres. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está no 5º lugar dos países que mais matam mulheres no mundo no contexto de violência doméstica


A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do município de Paulista, realizará na próxima sexta-feira (29), uma campanha educativa e de orientações ao combate da violência contra a mulher. A ação terá concentração no Janga, das 9h às 12h, com o Tema: “Basta! Pare a Violência Contra as Mulheres”, em frente ao Bompreço no Janga -  Av. Dr. Cláudio José Gueiros Leite, 2121 - Janga, Paulista - PE.


O objetivo é conscientizar as mulheres sobre sua valorização, protagonismo e autonomia feminina, tendo em vista os dados agravantes de violência e feminicídio no Brasil. Segundo a secretária da pasta, Bianca Pinho, “Trata-se de uma pandemia invisível por ser numerosa, constante, nociva, devastadora e que existe e persiste em nosso país”.

 

A ação contará com técnicas e o apoio de voluntárias, chamando a atenção e o engajamento da sociedade para a prevenção e enfrentamento, fornecendo orientações e estimulando a não aceitação e denúncias. Serão distribuídos folders educativos e rosas para os passageiros de veículos de passeio e transporte público, para divulgar a rede de proteção.

 

Bianca destacou a importância desta ação: “Temos que tirar a mulher do risco iminente de morte. Entre casos mais leves e graves, se não forem cuidados, terminam em feminicídio. “A gente não consegue combater a violência, se não fizer a parte de prevenção, educação e mudança cultural. Porque a nossa cultura naturaliza esse tipo de crime. Infelizmente nossa cultura reafirma como se a mulher fosse um objeto, grande parte começa um relacionamento e quando vai sair não sabe se vai ficar viva ou morta. É preciso fortalecer a rede cada vez mais para dar suporte a esses enfrentamentos.” Afirmou.

 

 

Alguns Dados:

Em nosso país a cada hora 1.830 mulheres sofrem espancamentos, equivalente a 16 milhões de mulheres agredidas por ano. Em 2019, 1.326 mulheres foram vítimas de feminicídio, que morreram apenas pelo fato de ser mulher; 89,9% delas foram mortas por seus maridos, companheiros ou ex- companheiros. A cada 8 minutos acontece um estupro e em 57,9% dos casos, a vítima tem até os 13 anos.

 

Agenda:

A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres faz integração com as pastas do município que precisam de suporte diante destes enfrentamentos na área psicológica, social e jurídica. A parceria é feita especialmente com as áreas de Saúde, Educação, Políticas Sociais, Infraestrutura e Segurança.

 

Neste início de ano, a pasta vem fortalecendo a rede de proteção à mulher, visando a parceria com as delegacias, conselhos tutelares, Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF) e Centros de Apoio Psicossocial (CAPS).

 

São realizadas por ano seis campanhas sazonais, cursos de qualificação profissionalizantes para as mulheres, treinamento de defesa pessoal nas comunidades, além de programas e projetos estruturados que rodam cotidianamente no município. Entre eles estão:

 

- Palestras e oficinas em parceria com o SEBRAE e SENAC. Em fevereiro serão abertas inscrições para turmas de artesanato.

 

- “Maria da Penha vai à Escola”: O objetivo é de conscientização dentro da comunidade escolar. O projeto atua na Educação Infantil, Fundamental I e II, EJA e formação de professores, com eventos, oficinas de arte, dança, no qual já recebeu premiações.

 

- “Mulher a Tribuna é Sua”`: Visa a valorização sociopolítica das mulheres com estímulo à autoestima e participação.

 

- “Cirandas da Vida”: Com música e dança com o público de mulheres, em sua maioria idosas.

 

- O Bloco Carnavalesco “Xingou, bateu, é penha!” que já possui três anos (esse ano não poderá ser realizado diante do cenário da pandemia).


Imagens:

Compartilhe: