Saúde do Paulista avança no apoio às mães de crianças com microcefalia

Na tarde desta Quarta-feira (05.09), a Secretaria de saúde do Paulista reuniu as mães das crianças com microcefalia que são assistidas pelo município, para anunciar o atendimento de diversas solicitações feitas pelo grupo.  

A secretária de Saúde, Fabiana Bernart informou que esta reunião foi uma devolutiva, em resposta ao último encontro que aconteceu com as mães, na última sexta-feira, (31.08) quando colocaram diversas dificuldades e novas demandas para a gestão atender.

“Nós atendemos cerca de 20 crianças, garantindo transporte, leite, fraldas entre outras coisas, mas outras demandas vão surgindo e na medida do possível, vamos buscando soluções que estão dentro do permitido ou do possível para a prefeitura. Algumas solicitações, como pactuar com o fornecedor o sabor do leite, substituir o condutor do transporte ou mudar a validade do atestado de três para seis meses, nós já resolvemos. Agora tem outras demandas que precisam passar pela burocracia imposta pelo serviço público, ou ainda que dependa de uma ação integrada com outras secretarias, como a questão da habitação ou de garantir vagas nas creches municipais.”

Desta reunião saíram encaminhamentos importantes também para a aquisição de cadeiras de rodas e óculos de grau para as crianças de baixa visão. A secretaria também está organizando meios de entregar em casa um kit contendo fraldas, frasco e equipo para alimentação, leite e material para curativos. “Nós estamos sistematizando um programa, semelhante ao Remédio em Casa, que entrega nas residências, a cada três meses um kit de medicamentos de uso continuo. A ideia é também entregar às mães, tudo que já fornecemos, sem precisar que elas saiam de casa para pegar na Secretaria, poupando assim a mãe e as crianças,” finalizou Fabiana.

As mães saíram satisfeitas do encontro, como adiantou Helen Lima de Souza, que se mudou de Manaus, no Amazonas, em busca de apoio para cuidar da filha e encontrou o que precisa aqui em Paulista.

“Eu sou profissional de Educação Física, tenho outro filho, que está morando com meus pais em São Paulo e vim para Pernambuco em busca de melhorar a qualidade de vida de Maria, minha filha de dois anos. Foi aqui em Paulista que eu encontrei esse apoio e sou muito grata. Esse apoio e a forma que fui acolhida aqui na cidade é o que está me dando forças, porque estou aqui sozinha. Mas Deus não deixa a gente se arrepender de nada, tem valido muito a pena,” garantiu Helen que está sendo indicada pela outras mães como porta voz do grupo e estão organizando a criação de uma ONG para fortalecer a luta das mães. Helen, quando saiu de Manaus, deixou um grupo formado que atendia 48 crianças com microcefalia.