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Saúde | 24/04/2018

Vigilância em Saúde alerta para as doenças transmitidas pelo caramujo

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Você conhece o caramujo gigante africano? É um tipo de molusco gastrópode, que em contato com o homem, pode provocar muitas doenças por meio do contato direto ou indireto. Ter um animal como este nas redondezas nem sempre significa que haja a infecção, no entanto, é preciso se prevenir, pois eles podem ser facilmente infectados nos locais onde vivem, podendo transmitir doenças consideradas graves para a população.


No bairro do Janga, a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Paulista recebeu uma notificação de uma infestação de caramujos em um condomínio localizado na Rua Paudalho. Nesta terça-feira (24.04), equipes do órgão foram ao local e constataram a presença de dezenas de animais no entorno das residências.


Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Diogo, a presença de tantos caracóis se trata de um desiquilíbrio, podendo ter sido causado por vários fatores, como falta de um predador natural, ocorrência de chuvas, umidade, e poucos períodos de tempo aberto, favorecendo a proliferação dos animais.


Para amenizar o problema, os profissionais do órgão aplicaram uma isca específica para atrair o animal o caramujo durante seu período de atividade noturna, quando se alimentam e morrem. A recomendação, de acordo com ele, é que a população faça a coleta desses caramujos, sempre com proteção, e se possível quebrar as carapaças, para que elas não se tornem focos do mosquito aedes aegypti.


Uma das principais e preocupantes doenças transmitidas pelo bicho é a meningite viral, que pode causar cegueira, paralisia e até mesmo a morte. No organismo das pessoas, após entrar no sistema nervoso central, o verme causa inflamações das meninges, causando dores de cabeça e rigidez no pescoço.


Ele também pode ser infectado pelo verme causador da meningite bacteriana, um tipo de meningite, que provoca dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.


De acordo com o superintendente, é preciso ter bastante cuidado com os riscos de ter contato com esses moluscos. “Eles se alimentam de material em decomposição, de grama fermentada, que podem ter contato com algumas bactérias como a de roedores e assim transmitir algumas bactérias e vírus por meio do muco que ele vai deixando pelo caminho quando se locomovem”, alertou Fábio.


 SERVIÇOS PÚBLICOS


Paralelo à ação de Saúde, a Prefeitura do Paulista também realizou uma ação de limpeza urbana, com a retirada de entulhos acumulados por um grande trecho da rua Paudalho, no bairro do Janga. Ao todo, foram retiradas nove caçambas de entulho na via, com aproximadamente 12 metros cúbicos de lixo em cada viagem.


A principal preocupação da prefeitura não é só a limpeza, mas também a manutenção dessa limpeza, com a colaboração da população ao colocar lixo somente nos dias em que o carro da coleta passa, evitando o acúmulo indevido de lixo, que podem provocar a proliferação de doenças. Em vários pontos do município, a Secretaria Executiva de Serviços Públicos do Paulista vem atuando com uma equipe de educação ambiental para tentar mudar essa cultura de alguns moradores da cidade.


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