Representantes da Prefeitura do Paulista participaram de um encontro nesta terça-feira (06.12) com mães de crianças com Autismo. Na ocasião, o grupo do governo municipal, coordenado pelo vice-prefeito, Jorge Carreiro, conheceu detalhes de um projeto de clínica-escola para atender meninos e meninas que sofrem do distúrbio. A estrutura do serviço foi elaborada pelas próprias mulheres, que fazem parte da ONG Mães Guerreiras da Cidade do Paulista. A ideia é que gestão municipal possa viabilizar a iniciativa em parceria com a entidade, ampliando a assistência às crianças e aos seus familiares no município.
O projeto da clínica-escola prevê um atendimento intensivo e multidisciplinar, colaborando para o desenvolvimento das crianças com o transtorno do espectro Autista (TEA). “A criança que sofre desse distúrbio não pode ficar ociosa em casa, sem ter o que fazer. Pelo contrário, ela precisa de uma atenção integral, desde um fonoaudiólogo até um educador físico”, explicou Naiane Nogueira, coordenadora da ONG. Segundo ela, o tratamento convencional, proporcionado nas unidades de saúde, até ajuda no desenvolvimento da garotada, mas não da forma ideal por conta da baixa frequência junto ao especialista.
A ideia é de que o serviço funcione no contra turno escolar, trabalhando os aspectos clínicos e também pedagógicos. O projeto piloto apresentado aos gestores da prefeitura prevê o atendimento a pelo menos 30 crianças Autistas. Atualmente, pelo menos, 120 meninas e meninos residentes em Paulista sofrem do distúrbio. Esse contingente já foi mapeado pela ONG Mães Guerreiras. A entidade funciona no Terraço SOP (Sala de Orientação Pedagógica), que fica na Rua Manoel Aquino, nº 64B, no bairro do Janga.
Acompanhado dos secretários de Saúde, Fabiana Bernart, e de Educação, Carlos Ribeiro Junior, o vice-prefeito, Jorge Carreiro, destacou que o tema debatido no encontro está entre as prioridades da gestão municipal. “Esse é um assunto de extrema importância para o nosso governo. Por isso, vamos fazer os esforços necessários para fortalecer a rede de atendimento às crianças que sofrem com Autismo. Estudaremos todas as possibilidades legais para viabilizar o serviço apresentado pelas mães e, paralelamente, vamos continuar desenvolvendo ações nas áreas de saúde e educação”, assegurou.
Atualmente, as mães de crianças com TEA podem contar um serviço de saúde na Policlínica Josino Guerra, em Maranguape I. Lá funciona o Núcleo de Apoio à Saúde de Criança e Adolescente (NASCA), que fica responsável por prestar assistência e fazer os encaminhamentos necessários aos especialistas da rede. Já na rede de educação, as escolas possuem 40 apoios e 90 estagiários de pedagogia para auxiliar no processo de aprendizado em sala de aula. Uma das propostas em debate é de que esses profissionais possam passar por uma formação mais detalhada para lidar de forma ainda melhor com a garotada que sofre com o distúrbio.