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Direitos Humanos/Cidadania | 24/08/2016

Aumento nos casos de autismo alerta população para importância de diagnóstico precoce do distúrbio

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No fim dos anos 1980, uma a cada 500 crianças era diagnosticada com autismo. Hoje, a taxa é uma a cada 68. O número foi aferido pelo CDC (Center of Diseases Control and Prevention), do governo norte amerciano — órgão próximo do que representa, no Brasil, o Ministério da Saúde. Uma série de fatores pode ter desencadeado este significativo aumento, entre eles, a mudança na maneira de diagnosticar o distúrbio, que afeta três importantes áreas do desenvolvimento humano: comunicação, socialização e comportamento.

Alguns especialistas acreditam que as taxas mais altas refletem o fato de que pais, médicos e professores estão prestando mais atenção no autismo, o que resultaria em mais crianças sendo diagnosticadas. Ao mesmo tempo, houve um grande aumento do conhecimento sobre o transtorno, tanto entre os médicos quanto na comunidade em geral. Contudo, estas não são as únicas justificativas. Os estudos mais recentes tem procurado aferir o papel dos genes no autismo, mas a verdade é que este distúrbio continua a ser um enigma para a ciência.

Como jamais se provou qualquer relação da prevalência maior de autismo com alguma região do planeta ou etnia, a Organização Mundial da Saúde considera os números dos Estados Unidos estimados para todo o planeta. Estima-se que no Brasil existam mais de dois milhões de pessoas com autismo. No ano passado, uma lei federal foi aprovada equiparando em direitos os autistas aos deficientes, além de outros benefícios — Lei 12.764, também conhecida como “Lei Berenice Piana”.

A comunidade científica tem alertado para a importância do diagnóstico o mais cedo possível, sendo o rastreio recomendado a partir de um ano e meio de idade. O autismo é uma complexa síndrome que ainda não se sabe a causa, nem a cura, apenas tratamento. O único consenso mundial é que quanto antes de tratar, melhores são as possibilidades de maior qualidade de vida.


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