O que é a bandagem funcional?

Quem acompanha esporte, seja presencialmente ou pela televisão, já deve ter visto alguns atletas utilizando uma espécie de faixa colorida em algum lugar do corpo e deve ter se perguntado o que era aquilo. Trata-se de uma bandagem elástica funcional, conhecida também como banda neuromuscular.

Desenvolvida pelo médico japonês, Dr. Kenzo Kase, na década de 70, o método foi utilizado pela primeira vez nas Olimpíadas de Seul, em 1988, mas ficou conhecido amplamente a partir de 1995, nos EUA. Ao contrário do que muitos pensam, o acessório não é um curativo com analgésico como aqueles comprados em farmácias. As fitas são, na verdade, bandagens elásticas usadas para tonificar ou relaxar músculos e estabilizar regiões lesionadas.

O método visa aliviar a dor, reduzir edemas, gerar maior estabilidade articular e melhorar a circulação. A bandagem age através da estimulação do sistema tegumentar (pele), estímulo sensorial, promovendo as funções dérmicas (analgesia), muscular (ativação e inibição), articular (estabilização) e função linfática (circulatória). Ela pode ser utilizada tanto na prevenção, quanto no tratamento e na reabilitação de lesões.

As indicações terapêuticas para a bandagem funcional passam por lombalgias, torcicolos, tendinites, entorses, contratura muscular, artrose, artrite, hérnia de disco, estiramentos, entre outros. É contraindicado a aplicação em infecções ativas de pele, feridas abertas e em pacientes com alergia a bandagem.

Apesar de essas bandagens estarem sendo muito utilizadas, tanto no meio esportivo quanto fora dele, pouco se estudou de fato a respeito de seus verdadeiros efeitos. Enquanto quem as aplica defende com unhas e dentes sua utilização, por outro lado, muitos acham que ela não passa de um placebo, ou seja, que tem efeito psicológico. 

Foto: Roberto Castro/ Brasil2016