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Educação | 30/06/2016

Educação do Paulista acata recomendação do Ministério Público e decide suspender concurso público

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Durante coletiva de imprensa, o secretário de Educação do Paulista, Carlos Ribeiro Junior, anunciou, na tarde desta quinta-feira (30.06), que vai acatar a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de suspender o concurso público para o preenchimento de vagas no setor da educação. O titular da pasta disse que abriu um processo administrativo para investigar todas as irregularidades cometidas pela empresa responsável pelo certame, a Contemax Consultoria, após receber diversas denúncias e constatar veracidade nas informações. A conversa com os jornalistas aconteceu no Centro Educacional Manoel Vitor, na área central do município.

 

Caso descumpra as exigências da Secretaria de Educação, a banca poderá ser multada, ter o contrato rescindido e até ficar impedida de participar de licitações públicas pelo País. “Paulista não realizava concurso público para o setor da educação desde 2006. Por isso, tivemos todo o cuidado com o processo de contratação da empresa. Afinal, esperávamos que o concurso ocorresse dentro da normalidade e preenchesse, num curto espaço de tempo, as vagas existentes na rede. Hoje temos certeza que teremos de iniciar o segundo semestre com defasagem de profissional”, frisou.

 

A realização do certame estava sendo considerada pela Secretaria de Educação como fundamental para evitar a falta de professor em sala de aula. Atualmente, o governo municipal paga aula excedente a alguns educadores por conta da defasagem na rede. A estimativa da prefeitura é de que no segundo semestre aproximadamente dez turmas fiquem sem professor. “Por se tratar de um serviço essencial, acreditamos que o MPPE nos conceda uma autorização para contratar profissionais por meio de seleção simplificada”, revelou o secretário de Educação.

 

A maior parte das denúncias dos candidatos está relacionada à realização da prova objetiva e da comprovação dos títulos exigidos no concurso. Eles alegam que houve um total descaso da empresa com os candidatos. A educadora Cybelle Paraíso relatou as dificuldades enfrentadas. “É inaceitável o que está acontecendo conosco. Eu mesma entreguei os meus títulos pessoalmente, não recebi ponto nenhum por eles na avaliação, e até hoje não sei estão os meus documentos. Tenho colegas que não mereciam a pontuam e receberam. O pior é que ninguém consegue uma resposta da empresa. É lamentável tudo isso”, cravou a candidata de Língua Inglesa.

 

Outra inscrita no concurso que está bastante chateada com a situação é a professora Danúbia Interaminense. “O descaso é tão grande que a empresa mudou o gabarito definitivo depois de ter divulgado a relação de aprovados na primeira etapa. Como pode isso? Queremos que os erros sejam corrigidos para que o concurso tenha a lisura esperada por todos, inclusive, a prefeitura, que tem se esforçado para resolver esses problemas junto a Contemax”, reconheceu.

 

A Secretaria Municipal de Educação espera que as irregularidades sejam corrigidas o mais rápido possível pela empresa contratada via licitação. Caso haja necessidade de um novo concurso, todas as despesas serão custeadas pela Contemax, conforme prevê o contrato celebrado entre as partes. 

 

O concurso público do Paulista visa preencher 353 vagas. As oportunidades são para professor, nutricionista escolar e intérprete de libras. Ao todo, 13.602 pessoas se inscreveram no certame.


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