Educação | 28/10/2015
Merenda escolar no Paulista garante nutrição e cai no gosto de alunos
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Nada de professores ou alunos. As primeiras a chegarem às escolas municipais do Paulista são as merendeiras. Às 6h elas começam a organizar o lanche e almoço que serão servidos aos quase 18 mil estudantes matriculados na rede pública da cidade. Elas se orgulham de oferecer lanche matinal e da tarde, almoço e jantar para aqueles que, muitas vezes, só conseguem se alimentar nas escolas.
“Eu chego bem cedo, organizo tudo para o lanche da manhã e almoço, depois chega outra merendeira que prepara o jantar. Seguimos o cardápio enviado pela nutricionista da Prefeitura e cuidamos para que tudo seja muito gostoso e limpo”, explicou Adriana Vieira, merendeira há dois anos e meio na Escola Municipal Gelda Amorim, em Paratibe.
Adriana já fez curso de culinária promovido pela gestão municipal e trabalha com toda atenção para oferecer boas refeições aos alunos. Para ela, a satisfação é vê-los se alimentando bem: “Somente pela manhã eu preparo a merenda para mais de 250 alunos. É mungunzá, arrumadinho, biscoito, iogurte, achocolatado, e muitas outras coisas. A gente procura oferecer o melhor para eles”, ressaltou a merendeira.
Aluna da rede municipal do Paulista há três anos, Andreza Karoliny, 14 anos, diz que não gosta de comer fora de casa, mas abre uma exceção para a merenda da escola. “A comida é gostosa e a gente vê que é tudo bem limpo e organizado. Vejo os professores comendo a mesma coisa que a gente, até mesmo no refeitório, com todo mundo junto”, elogia a adolescente que cursa o 8º ano do Ensino Fundamental II.
Já o jovem Aulemir Filho, 14 anos, também aluno da rede municipal do Paulista, conta que não abre mão de fazer todas as refeições oferecidas durante o dia. “Tem dia que passo o dia todo aqui fazendo atividades, aí eu tomo café da manhã, almoço e lancho na escola. O cardápio não repete”.
Confiante no que é oferecido aos alunos da Escola Municipal Alga Marina, em Arthur Lundgren I, a comerciante Ilda Alexandre, 43 anos, relata que seus dois filhos se alimentam na unidade de ensino. “Meus filhos estudam na rede pública do Paulista há três anos. Não tenho o que reclamar, eles sempre merendam na escola e gostam muito do que é servido. Sempre tem frutas, feijão com legumes e carne, arroz, suco. Eles mesmos elogiam a comida da escola”, contou ela que é mãe de crianças de 7 e 10 anos.
Também mãe de alunos da rede municipal, a presidente do Conselho de Alimentação Escolar Ivonize de Farias avalia que a merenda oferecida nas escolas é de boa qualidade. “Nós fiscalizamos as unidades, experimentamos as merendas, olhamos as datas de validade, a higiene, o armazenamento, o cardápio, e não temos o que reclamar. Sempre tem comida nas dispensas das escolas”, pontuou Ivonize que completa: “Quando encontramos alguma coisa que não nos agrada, notificamos a Secretaria de Educação que sempre corrige a falha”.
O bom resultado nas escolas do município é resultado do acompanhamento das nutricionistas da Secretaria de Educação do Paulista. A equipe tem incrementado as refeições com frutas e verduras livres do agrotóxico. Com isso, foi possível implementar ao cardápio lanches como saladas de frutas, que garantem, por exemplo, uma nutrição mais completa.
NUTRISUS - As crianças com idades entre seis meses e quatro anos, matriculadas nas creches da rede municipal de ensino do Paulista, estão recebendo um suplemento alimentar composto por vitaminas e sais minerais. O objetivo é prevenir e controlar casos de anemia e outras carências nutricionais, através da estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS, criado pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, 70 meninas e meninos estão recebendo o acompanhamento. Esse número de crianças assistidas pelo programa, em 2016, deve passar para 260 beneficiadas. A suplementação é feita através da administração de sachês na merenda das crianças. O uso do produto é feito nas três creches municipais Tio Roberto (Jardim Maranguape), Jesus de Nazaré (Janga) e Maria Anunciada de Arruda (Pau Amarelo).
De acordo com a gestora da Creche Municipal Tio Roberto, Jaidete Barros, é possível notar a mudança nos hábitos das acrianças após a suplementação alimentar. “Já estamos oferecendo a segunda dose. Mas a partir da primeira já foi possível notar a diferença, as crianças apresentaram mais apetite, ganharam peso e deixaram de mostrar aqueles quadros de subnutrição de antes de começar o reforço alimentar”, concluiu.
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