AppBar Moderna
Banner Header
× InícioA PrefeituraConheça PaulistaNotícias

Serviços

Monitora Paulista Transparência
NOTÍCIA
Imagem principal da notícia
Publicada em: 11/12/2025 - Saúde
0:00
Ação para alertar sobre riscos do excesso de telas entre crianças marcou a programação da USF Artur Lundgren II, nesta quinta (11)

Por Cátia Oliveira

Com o objetivo de alertar pais e responsáveis dos riscos à saúde pelo uso excessivo de telas de celulares, tablets e computadores por crianças e adolescentes, a Secretaria de Saúde do Paulista realizou, na manhã desta quinta-feira (11), a programação 'A janela da infância é o brincar'. A iniciativa aconteceu na Unidade de Saúde da Família (USF) Artur Lundgren II.

Durante a programação, os participantes contaram com diversas atividades, dentre elas: roda de diálogo, contação de história e serviço de vacinação contra a dengue, HPV e meningite para o público de 10 a 14 anos. A ação trouxe ainda apresentação lúdica com agentes de endemias sobre as arboviroses e como prevenir doenças transmitidas por mosquitos como Dengue, Zica e Chikungunya. 

   

A roda de diálogo foi conduzida pela enfermeira da USF Fernanda Correia e pela fonoaudióloga da Equipe de Multiprofissionais de Saúde, e-Mult, Maria Arlinda Albuquerque de Souza. Na ocasião, elas abordaram os impactos do uso excessivo de telas no comportamento, na aprendizagem e na linguagem tanto do público adolcescente como infantil.


A dona de casa Rayane Francisca da Silva, de 31 anos, que levou os três filhos, além do sobrinho, elogiou a iniciativa, revelando as precauções já adotadas em relação ao tempo de tela da garotada. Ela contou que, devido a problemas na vista de uma das crianças que passava a noite no celular, ela precisou estabelecer limites.

“Gostei muito e acho que deveria ter mais ações como essas, para que as crianças vejam a importância de quando a gente fala sobre a tela do celular. Eu costumo regular o tempo de tela, inclusive o celular trava após o período programado. E quando tentam baixar algum aplicativo novo, eu recebo uma notificação no email”, relatou Rayane.

De acordo com a enfermeira Fernanda Correia, o excesso de tempo de tela interfere diretamente, tanto no desenvolvimento saudável, como nas relações sociais e interpessoais. “Estávamos verificando nos atendimentos clínicos um desenvolvimento deficiente das crianças e a conexão desses problemas com o uso de telas. Boa parte desse público infantil está sendo apresentado a elas de maneira precoce. Em relação às emoções, por exemplo, geralmente observamos muita irritabilidade nas crianças maiores e nas crianças menores, atraso no desenvolvimento escolar e na interação social”, afirmou. 


Brincadeiras sem celular

Para a fonoaudióloga da Equipe de Multiprofissionais de Saúde - e-Mult,  Maria Arlinda Albuquerque de Souza, além de conscientizar os pais ou responsáveis sobre as consequências do uso abusivo de tela no desenvolvimento da criança, é importante também oferecer oportunidade de se divertirem com diferentes brincadeiras.

“Muitas crianças deixam de estudar, de realizar outras atividades, para permanecerem no celular, além de ficarem comparando suas vidas com a de outras pessoas nas redes sociais, o que pode trazer muitos adoecimentos. Não desconsideramos a importância do celular, nem a relevância de serviços que podem ser oferecidos pela Internet, o que  gostaríamos de salientar é que esse tempo de uso precisa ser regulado. Outro ponto a ser levado em consideração é que é preciso oferecer novas opções de brincadeiras para a garotada, pois não basta somente reduzir o tempo do aparelho, é preciso mostrar que existem outras possibilidades de brincar e se divertir”, explica a fonoaudióloga.

Na ocasião, prestigiando a atividade, a secretária de Desenvolvimento Social, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, Amanda Rodrigues, que é fisioterapeuta, ressaltou a relevância da temática. Para ela, iniciativas como essas são de grande importância para alertar os pais e as crianças sobre os riscos à saúde dos filhos.

“Na época em que fiz meu projeto de pesquisa de conclusão de curso em Fisioterapia, já observávamos, em crianças de 6 a 12 anos, a presença de problemas de coluna como escoliose lombar tanto pelo uso de mochilas quanto, principalmente, pelo uso excessivo das telas E é importante que uma temática como essa alcance muitos espaços”, ressaltou a gestora.


Fotos : Juan Marvin


Imagens Relacionadas