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Apitos e alertas para a busca por uma rota de fuga ecoaram na manhã deste sábado (09/12), na Rua Professor Antônio Teodósio Filho, no bairro da Mirueira, em Paulista. Felizmente, tratou-se de um simulado de desastres, coordenado pela Secretaria Executiva de Defesa Civil do município, mas teve a real participação dos moradores e de instituições como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Guarda Municipal, SAMU, dentre outros.

O objetivo da ação é deixar os moradores da área preparados, visto que, em um momento de emergência, os órgãos que prestam socorro podem demorar alguns minutos até chegar ao local. Diante disso, é preciso que todos saibam como proceder nesses momentos iniciais. “Aos poucos a gente vai conseguir conscientizar essas pessoas, porque a Defesa Civil trabalha dessa forma. Temos que prevenir, conscientizar as pessoas a se autoproteger”, ressaltou a secretária executiva de Defesa Civil, Cíntia Silva. 

Durante as semanas que antecederam ao simulado, os moradores da área também participaram de outras atividades. Primeiro, receberam a visita porta a porta, quando receberam o convite; em outro momento, participaram de oficinas sobre o tema. Além disso, crianças da unidade escolar que também será um dos pontos de encontro, participaram de uma capacitação de agentes mirins, com apresentação de fantoches, sobre a importância de não descartar lixo nas barreiras. 

Durante o simulado, os moradores foram orientados a deixar suas casas. Neste local, possíveis rotas de fugas foram designadas, por onde será possível evacuar com segurança para os locais de encontro, como a Associação dos Moradores da Mirueira e a Escola Municipal Professora Iracema Castro. 

Uma das moradoras que seguiu as orientações da Defesa Civil foi a merendeira Arcelina Maria Gomes de Oliveira, de 67 anos, que mora há cerca de 50 anos no bairro. “É risco, é muita barreira e nesses anos todos nunca vi o que eu estou vendo hoje. Agradeço de coração por poder participar desse simulado, porque hoje eu tenho como me proteger. Agora eu tenho como sair daqui em uma situação de emergência”, disse dona Arcelina. 

O instrutor de Simulado, Sandro Marinho, explicou que, com esse trabalho em conjunto, é possível minimizar os danos causados pelas chuvas através do conhecimento acerca do que fazer nessas situações de risco. “Ao começar a chuva, tenho que me conscientizar e sair de casa. Claro que vai ser um trabalho em conjunto, como eu falo, é um trabalho de formiguinha, que a gente começou hoje, mas, a Defesa Civil já começou antes do simulado, capacitando esse pessoal para que, no momento que precisar evacuar, eles saibam o que fazer”, explicou Marinho.