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Projeto socioeducativo, que além da dança, também faz apresentações teatrais.

Em Pernambuco, 9 de fevereiro é o Dia do Frevo. Nesta data, em 1907, a palavra que remete ao ritmo foi registrada na imprensa pela primeira vez. O ritmo representa a cultura, alegria e força do povo. A celebração do aniversário mantém em evidência um patrimônio imaterial do estado, que simboliza o carnaval pernambucano. 

O grupo Faces Culturais da cidade de Paulista foi fundado em 13 de março de 1997, com o objetivo de levar a cultura do frevo para as comunidades, escolas e todo o município. Composto por 10 diretores, cada um tem uma especialidade. Tem como tema principal: "Realmente fazendo acontecer” e o lema “Cultura a gente faz!”.

Na maioria das vezes, os ensaios acontecem em lugares abertos, como o Alto da Sé e Praça do Carmo em Olinda, Marco Zero em Recife, ou no Parque das Paineiras, no centro de Paulista. O intuito é mostrar o trabalho e ao mesmo tempo convidar as pessoas para dançarem também.

Neste ano atípico sem carnaval, o projeto continua realizando os ensaios, mas tomando os devidos cuidados diante do contexto da pandemia. É necessário o uso de álcool 70%, máscara e o distanciamento social, dividindo a equipe. Os trabalhos são divulgados por meio de canais nas redes sociais, como YouTube e Instagram.

História

O grupo nasceu em 13 de março de 1997, através de uma junção de cinco jovens, que resolveram fazer uma apresentação cultural na Escola Gildo Amorim, em Paratibe. 

De acordo com o presidente do grupo, Alexandro Aureliano, tudo iniciou com a exibição da dança do Cavalo Marinho, "Nessa empolgação da cultura, até porque cada um já fazia práticas culturais, começamos a abrir espaço para outras pessoas também. E tornou-se um espaço socioeducativo, que leva a cultura do frevo para as comunidades. Já fomos para várias cidades e estados, levando nossa cultura.”

O grupo, em sua trajetória, é heptacampeão no concurso de passos e alegorias do Recife. “Temos também a parte teatral, onde buscamos jovens que tenham vontade de trabalhar nas artes cênicas. E resolvemos escrever peças teatrais, como “Oxente, o povo da gente!” com exibições em 2017 e 2019.” O grupo possui também outras peças intituladas como “Sanfona Encantada", "Da Lama ao Caos” e "Xaxado meu bem".